Evento em Brasília discutiu a situação dos IFAs no mundo e o impacto de novas legislações brasileiras
A ABIQUIFI – Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos, a ABIFINA (Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades) e o Grupo FarmaBrasil participaram na quarta-feira (23 novembro 2023) em Brasília, a convite da Segunda Diretoria da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), do Seminário Cadifa 2023 que debateu o cenário de IFAs (Insumos Farmacêuticos Ativos) no Brasil e no mundo e os resultados obtidos com a entrada em vigor da RDC 359/2020, que instituiu o Dossiê de Insumo Farmacêutico Ativo (Difa) e a Carta de Adequação de Dossiê de Insumo Farmacêutico Ativo (Cadifa).
O encontro apresentou os pontos mais relevantes do novo marco regulatório de IFA, além da experiência da agência reguladora nacional sobre o tema após três anos de aplicação das normas RDC 359/20 e RDC 361/20.
No evento o presidente executivo da Abiquifi Norberto Prestes trouxe dados do mercado mundial de IFAs, que tem um crescimento projeto de 60% até 2028. Ressaltou ainda importância dos produtores nacionais de insumos farmacêuticos ativos pleitearem a solicitação da CADIFA de forma não associada à petição de registro de medicamento. “A Anvisa mais uma vez dialoga com o setor farmoquímico e farmacêutico afim de buscar a melhoria no marco regulatório de IFA. Ainda temos um caminho importante a percorrer sobre regulação para gerar novas oportunidades de adensamento para o ramo no Brasil ao mirar os mercados nacional e internacional”, completa Norberto.
Os países asiáticos tiveram um aumento expressivo na produção global dos insumos farmacêuticos ativos nas últimas décadas (2000 – 2020). A Índia e China são os principais países fornecedores de IFA para o Brasil e, com isso, possuem o maior número de pedidos de CADIFA.
A repatriação da produção de IFAs é considerada uma solução para evitar escassez e fortalecer a cadeia de abastecimento no Brasil. Por isso, estudos de priorização de IFAs a partir das competências tecnológicas, bem como, atração de investimento para produção são pilares essenciais da estratégia setorial.