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Brasil na COP30: Biodiversidade como Estratégia para Soberania e Inovação

A realização da COP30 em Belém do Pará, em 2025, representa uma oportunidade geopolítica sem precedentes para o reposicionamento estratégico do Brasil no cenário global — não apenas como guardião da maior floresta tropical do planeta, mas como um protagonista na produção de conhecimento científico, inovação tecnológica e geração de novos fármacos a partir da biodiversidade.

A Amazônia, com sua imensa riqueza biológica ainda inexplorada, pode se tornar o diferencial competitivo do Brasil no mercado global de bioativos, posicionando o país como líder em soluções biotecnológicas tropicais. Essa transformação, no entanto, requer uma política pública robusta, articulada e de longo prazo, capaz de alinhar os interesses e competências da Anvisa, INPI, agências de fomento (como BNDES, FINEP, FAPs), universidades, centros de pesquisa e setor privado.

Essa articulação é essencial para garantir segurança regulatóriaproteção da propriedade intelectualacesso sustentável aos recursos genéticos e capacidade industrial para desenvolvimento e produção de novos ativos farmacêuticos, rompendo o ciclo histórico de exportação de matéria-prima e importação de produtos de alto valor agregado.

Além disso, uma política nacional estruturada para o desenvolvimento de fármacos provenientes da biodiversidade permitirá ao Brasil ampliar sua soberania tecnológica, gerar empregos qualificados, atrair investimentos internacionais e fortalecer seu soft power na agenda de clima, saúde e inovação. É a chance de consolidar o país como fortaleza regional em ciência, tecnologia e inovação biofarmacêutica, com capacidade de exportar não apenas ativos naturais, mas soluções de alta complexidade baseadas em ciência tropical.

Com os olhos do mundo voltados para a Amazônia durante a COP30, o Brasil pode — e deve — liderar a construção de um novo paradigma: transformar biodiversidade em ativo estratégico para o desenvolvimento econômico, científico e social, com respeito à floresta, aos saberes tradicionais e ao imperativo da sustentabilidade.

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